terça-feira, março 22, 2011

me acho um pedro no caminho de quando em quando...

Caixa Branca Sala Preta

pouca gente muito gente.

admiro você em seus jeitos caminhos e escolhas...
esse você em que eu esbarro hoje em dia...

desses com as quais dá pra brincar e até chutar pra lá e pra cá...

dessas que provocam ondinhas nas águas lamas e atravessam algumas ondas antes de viajar até o fundo.

Pouca gente Muito

Sala Branca Caixa Preta

Théa

do grego "deusa", do grego "ver"...


eu ja corri tanto! mais tanto... só que um dia eu parei, até sabia pra onde corria, sempre pra algum lugar... mas parei de correr. comecei a caminhar para onde fosse. Não era tão divertido mas era como eu era. deu pra ver bem uma ou outra paisagem, uma ou ourta idéia, uma ou outra sujeira, uma e outra pessoa, mais de longe mesmo. aí cheguei até a praia. Na praia vi algo ao longe que eu sabia que não existia, continuei caminhando. Continuei vendo. miragem de areia... continuei caminhando, agora num passo que não era mais meu... a onda bateu em meus pés e eu corri! corri de novo como um cavalo selvagem com patas de fogo em direção ao mar ! Além ! corri até onde fosse, saltando ondas, me batendo e cortando contra as ondas! até ceder... até ceder.. até dar sede. com a boca salgada e a garganta gasta, fui em direção à areia, ao chão quase firme, às pessoas, transeuntes.

"Foi um susto, um momento de suspensão, de sentimentos sem nome, o nascimento. Com essa roupa, segui grandes marcas no chão, duro, pouco à vontade ainda. Precisa experimentar outro corpo, com outra roupa.
Na ressaca do parto, um pouco de racionalidade é sempre bem vinda: com esta roupa não dá. Aumenta aqui, troca ali, costura aqui. E eu lá dentro na busca de um espelho que me desse a possibilidade de ver de fora, entender de fora, sentir de fora. Bora outra vez. (...) Sabe, me disseram pra não sentir, não me abrir, ser indiferente. Mas será que tem gente que é assim? Isso é gente? Por isso, segurei tudo e veio uma batida forte do coração literalmente na cadência do samba. O coração é uma escola! Vi o Sol. Caí. Levantei. Caí de novo e esbravejei em japonês. Outro dia revi esta imagem e confesso que fiquei até um pouco comovido. Forte."



nada mais cabia em mim, mas poderia usar roupas novas, assim que estivesse nú...
modelar as roupas em meu suor, modelar as pessoas em minha substância
e o entusiasmo no que nos fossemos...

me reduzi a mim mesmo. eu como sou me misturo.
contive num limite até poder-me ligar através de uma ponte...